No rosto bonito da liberdade
A solidão é o cifrão
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Malditas Formigas
Uma cabana, uma fogueira e eu, olhando a sociedade de fora, rindo ao me dar conta de seus defeitos, feliz por estar sozinho, onde nada possa me atingir. A não ser essas malditas formigas.
Sonho
Estou a sete palmos da vida que eu sonhei
E esse cansaço eu não sei de onde vem
Qual é a fraqueza mais forte?
O que devo combater
Em mim?
O que devo combater em mim
Além do medo de morrer
Além da vontade e da dúvida de viver?
Estou a sete palmos da vida que sonhei
E nunca me senti tão cansado
Os valores ruíram enquanto eu dormia
Eu queria acordar no meio de um sonho
Sabendo que os sonhos são menos reais que a vida.
Mas agora, a sete palmos, não consigo mais mentir
Pra mim mesmo
Sei que o ar é mais que respiração
E que o pulmão é maior que o peito
Sei também que tudo isso é gratuito.
Estou a sete palmos e ninguém se importa
Porque todos estão a sete palmos
Dos sonhos que têm.
E todos sabem que os sonhos são mentiras
Por serem tão reais.
E esse cansaço eu não sei de onde vem
Qual é a fraqueza mais forte?
O que devo combater
Em mim?
O que devo combater em mim
Além do medo de morrer
Além da vontade e da dúvida de viver?
Estou a sete palmos da vida que sonhei
E nunca me senti tão cansado
Os valores ruíram enquanto eu dormia
Eu queria acordar no meio de um sonho
Sabendo que os sonhos são menos reais que a vida.
Mas agora, a sete palmos, não consigo mais mentir
Pra mim mesmo
Sei que o ar é mais que respiração
E que o pulmão é maior que o peito
Sei também que tudo isso é gratuito.
Estou a sete palmos e ninguém se importa
Porque todos estão a sete palmos
Dos sonhos que têm.
E todos sabem que os sonhos são mentiras
Por serem tão reais.
domingo, 25 de abril de 2010
Na língua da lua
A existência escorregadia do silêncio
A fluidez das horas noturnas
O barulho da respiração
Os sapatos solitários da rua
A curiosidade das estrelas
A sensualidade da fumaça do cigarro dançando sob a luz do abajur
Tudo isso é um ritual e me faz perceber que os cães ladram na língua da lua.
A fluidez das horas noturnas
O barulho da respiração
Os sapatos solitários da rua
A curiosidade das estrelas
A sensualidade da fumaça do cigarro dançando sob a luz do abajur
Tudo isso é um ritual e me faz perceber que os cães ladram na língua da lua.
velório
As cartas e os objetos e as histórias dos objetos na cama. Dois corpos ao redor, chorando, mortos, velando a última coisa em que acreditavam juntos.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Bandeira do choro
Quando nascemos, choramos de frio.
Na infância choramos de medo,
na adolescência choramos de paixão.
Na juventude, de incerteza.
Adultos, choramos pelo que poderia ter sido e não foi.
Já velhinhos, choramos de saudade
Quando a gente morre, choram por nós
e nos esquecem.
Na infância choramos de medo,
na adolescência choramos de paixão.
Na juventude, de incerteza.
Adultos, choramos pelo que poderia ter sido e não foi.
Já velhinhos, choramos de saudade
Quando a gente morre, choram por nós
e nos esquecem.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
LP
O som
Que eu quero ouvir
Começa assim
Como uma fogueira
Quase-no-fim
Eu fico assim
Olhando lugar algum
|E por alguns segundos
Tudo está mais livre
(do que eu)
O que aconteceu
Com o resto de tudo?
Eu
Sobrevivo assim
Vou aos poucos
Como uma fogueira
Quase-no-fim
Eu fico assim
Olhando lugar algum
E por alguns segundos
Eu me encontro pra sempre
E tudo é grande demais
Nesse ecoar menor enorme
Tudo é pouco e demais (a)onde o mundo jazz.
Que eu quero ouvir
Começa assim
Como uma fogueira
Quase-no-fim
Eu fico assim
Olhando lugar algum
|E por alguns segundos
Tudo está mais livre
(do que eu)
O que aconteceu
Com o resto de tudo?
Eu
Sobrevivo assim
Vou aos poucos
Como uma fogueira
Quase-no-fim
Eu fico assim
Olhando lugar algum
E por alguns segundos
Eu me encontro pra sempre
E tudo é grande demais
Nesse ecoar menor enorme
Tudo é pouco e demais (a)onde o mundo jazz.
Circuito Aberto
Acordou, beijou a mulher, escovou os dentes, beijou a mulher. Vestiu uma roupa fora de moda. Bebeu café e leu qualquer coisa repetida. Esqueceu o que leu. Pegou as chaves, a carteira e o celular. Abriu a porta, saiu...
A mulher acordou, foi pro banheiro e sentiu cheiro de menta. Sentiu saudades. Olhou no espelho. Rugas pueris. Escovou os dentes. Bebeu café, comeu um pão, ligou a tv. Limpou a casa. Fez comida, comeu, guardou o resto na geladeira. Saiu pra ver o sol e os prédios. Viu gente, viu cores, viu carros, viu o sol e viu os prédios. Viu uma árvore. Tocou suas folhas e sujou a mão de pó. Voltou pra casa, comeu. Viu tv. Rezou e foi dormir preocupada e sozinha e com medo. De novo.
A mulher acordou, foi pro banheiro e sentiu cheiro de menta. Sentiu saudades. Olhou no espelho. Rugas pueris. Escovou os dentes. Bebeu café, comeu um pão, ligou a tv. Limpou a casa. Fez comida, comeu, guardou o resto na geladeira. Saiu pra ver o sol e os prédios. Viu gente, viu cores, viu carros, viu o sol e viu os prédios. Viu uma árvore. Tocou suas folhas e sujou a mão de pó. Voltou pra casa, comeu. Viu tv. Rezou e foi dormir preocupada e sozinha e com medo. De novo.
Carta de Garrafa
Agora que você se foi, eu consigo pensar melhor. Às vezes isso é tão ruim. A sua ausência me desprotege, desagrega. Mas a vida é minha e eu nunca dispenso. Prefiro pensar. Prefiro cismar que é desábito e me desloco, soberana e com medo de não saber qual é o meu nado.
Desprotegida, eu me entrego ao desejo e não sei se volto. Eu estou saindo daqui diariamente, mas não como você fez, quando sua vida traiu meu coração mortal. Estou saindo daqui pra prostituir minha subjetividade e depois voltar, confusa e com fome.
Desprotegida, eu me entrego ao frio. Bem no meio do calor da multidão eu flano fria. O frio de pensar melhor consome minhas energias, me definha e me dá fome.
Desprotegida, eu me entrego ao medo e me abraço. Eu tento suprir minha ausência, da sua partida até então. Meus braços, que eram um pedaço do seu abraço, no seu vazio me servem de salva-vidas. Com minhas mãos eu flutuo nesse oceano que você quis saber, desprotegida.
Mas eu sinto a fome que água traz ao corpo...
Desprotegida, eu me entrego ao desejo e não sei se volto. Eu estou saindo daqui diariamente, mas não como você fez, quando sua vida traiu meu coração mortal. Estou saindo daqui pra prostituir minha subjetividade e depois voltar, confusa e com fome.
Desprotegida, eu me entrego ao frio. Bem no meio do calor da multidão eu flano fria. O frio de pensar melhor consome minhas energias, me definha e me dá fome.
Desprotegida, eu me entrego ao medo e me abraço. Eu tento suprir minha ausência, da sua partida até então. Meus braços, que eram um pedaço do seu abraço, no seu vazio me servem de salva-vidas. Com minhas mãos eu flutuo nesse oceano que você quis saber, desprotegida.
Mas eu sinto a fome que água traz ao corpo...
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